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Resenha: A Bela e a Adormecida

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Autor: Neil Gaiman  Ilustrações: Chris Riddell
Editora: Rocco
Páginas: 72
Sinopse: Em uma sombria e fascinante história, as mais queridas princesas dos contos de fadas são reinventadas de maneira brilhante pelo inglês Neil Gaiman e o ilustrador Chis Riddell. Em A Bela e a Adormecida, uma jovem rainha é informada, na véspera de seu casamento, sobre uma estranha praga que assola as fronteiras do seu reino, um sono mágico que se espalha pelo território vizinho e ameaça os seus domínios. Na companhia de três anões, a rainha abandona o fino vestido da festa, pega sua espada e armadura e parte pelos túneis dos anões para o reino adormecido. Uma viagem repleta de ação e suspense que leva a uma surpreendente descoberta. Misturando o conhecido e o novo com perfeita sintonia, Gaiman cria mais uma obra repleta de magia e aventura capaz de hipnotizar o mais exigente dos leitores.

Olá leitores do Thousand Lives to Live. Aqui é a Ana! Alguns podem se lembrar de mim por um post de mais de um ano atrás - esse aqui. Depois desse gigantesco hiato, aqui estou novamente. Quem me conhece sabe o quanto eu sou apaixonada pelo autor britânico Neil Gaiman. E a resenha de hoje é do livro mais recente dele a ser publicado no Brasil: A Bela e a Adormecida.

Vou começar comentando o quanto a edição é belíssima. Foi publicada em 2015 pelo selo Jovens Leitores da Rocco. Em capa dura, o livro tem uma capa externa lindíssima que cria um efeito sobreposto maravilhoso. As ilustrações de Riddell são impressionantes e muito belas e a da capa se destaca. São 72 páginas de muito amor e encanto com a história e o trabalho de Riddell.
A história é uma releitura de dois contos de fadas: A Bela Adormecida e Branca de Neve. No universo criado por Gaiman, uma jovem rainha, em vias de se casar, descobre que uma maldição vinda do reino vizinho está botando todos para dormir. Assim como em muitas releituras da Branca de Neve, Gaiman a retrata como uma jovem rainha-guerreira forte e aventureira. A rainha, acompanhada dos anões - seus fiéis companheiros, decide ir até o que parece ser o centro da maldição a fim de interromper o feitiço sonífero. Ao chegar no castelo, depois de uma desagradável batalha com pessoas desacordadas, ela acaba descobrindo que a lenda que chegou aos seus ouvidos estava um pouco equívocada.
Ela estava sentada na cama. Tinha uma aparência tão bela e tão jovem. A rainha olhou para a menina e reconheceu algo nela: o mesmo olhar que vira nos olhos da madrasta, e soube que espécie de criatura era essa garota. (Gaiman, p. 54)
As personagens são maravilhosamente cativantes. Como em várias obras de Neil Gaiman, a representatividade de personagens femininas em situações de poder e independências é sempre bem evidente. Tanto a rainha quanto a bruxa são personagens muito bem elaboradas e seus motivos e desejos são expostos de maneira sutil ao longo da história. Os anões são divertidos de acompanhar e são extremamente leais às causas de sua rainha.
Nem passaria pela cabeça dos anões presentear a jovem rainha com algo que eles tivessem extraído do fundo da terra. (...) É a distância que torna especial o presente, assim acreditavam os anões. (Gaiman, p. 10)
O desenrolar da narrativa e o desfecho do conto são intrigantes e surpreendentes. A jornada da rainha ao reino vizinho é repleta de aventuras inesperadas. As duas perspectivas usadas para contar a história e como elas se completam são uma caracteristica bem marcante do livro e também de outras obras do autor. A todos que, como eu, são apaixonados por contos de fadas ou simplesmente por uma boa história de fantasia, esse livro está mais do que recomendado.

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