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Resenha: Eu Sou a Lenda

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Autor: Richard Matheson
Editora: Aleph
Páginas: 384
Skoob
Sinopse: "Uma impiedosa praga assola o mundo, transformando cada homem, mulher e criança do planeta em algo digno dos pesadelos mais sombrios. Nesse cenário pós-apocalíptico, tomado por criaturas da noite sedentas de sangue, Robert Neville pode ser o último homem na Terra. Ele passa seus dias em busca de comida e suprimentos, lutando para manter-se vivo (e são). Mas os infectados espreitam pelas sombras, observando até o menor de seus movimentos, à espera de qualquer passo em falso... Eu sou a lenda, é considerado um dos maiores clássicos do horror e da ficção científica, tendo sido adaptado para o cinema três vezes."
*Livro cedido em parceria com a editora

"O mundo ficou louco, pensou. Os mortos andam por aí e eu acho isso normal."

Resenha: Estamos no ano de 1976, quando o mundo assolado é por alguma coisa (ninguém sabe oque) que transforma as pessoas em vampiros. Não aqueles que viram morcego, mas no estilo "vampiro-zumbi", que vagam por aí durante a noite em busca de sangue humano fresco, mas como no antigo clichê, morrem no sol, fogem da cruz e detestam alho.
Nosso personagem principal, Robert Neville, é o único humano sobrevivente. Ele transformou sua casa em uma fortaleza anti-vampiros e vive sua vida "normalmente". Ele é assombrado pelos fantasmas do passado. Perdeu sua esposa e filha para os vampiros. Como no próprio livro diz, ele " está preso em um deserto de isolamento e ao mesmo tempo em uma selva predatória."
No início ele é atormentado pelo desejo sexual que sente. As vampiras mulheres quase o levam à loucura, e ele acaba se afundando em whiskey. Porém uma hora ele percebe que isso não o leva a nada e começa a estudar para saber oque aconteceu com as pessoas no mundo.
"Eu queria ter um encanamento de uísque!, pensou. Eu iria ligar a porra de uma mangueira e esguichar a bebida goela abaixo, até que ela saísse pelas minhas orelhas! Até que eu boiasse nela!"
Depois de muitas frustrações, ele descobre que é uma bactéria, e a nomeia de vampiris. Descobre o porque é imune e muitos outros fatos, porém não consegue descobrir a cura.
Após 3 anos vivendo nesse isolamento, algo surpreendente acontece. Ele vê uma mulher, na luz do sol e bronzeada, andando sem rumo. Ruth é o nome dela. Ela pode ser a salvação dele, sua futura companheira e a esperança para a raça humana. Ou pode ser a perdição de Neville.

"Em um mundo de horror monótono, não podia haver salvação, nem nos sonhos mais loucos. Ao horror, ele se ajustou."


No fim, conseguimos enxergar muito do próprio autor e de nós, humanos. Nossos medos, receios e problemas foram incrivelmente bem colocados em um "livro de vampiros". Diferente de muitos livros de terror ou terror sobrenatural, esse terror ficitício-científico mexe com nosso psicológico. Ele não nos dá sustos, ele nos assombra, mexe com a psique.
Ecobag que a editora me mandou, é linda demais! - Créditos da imagem aqui.
Eu amei a leitura e recomendo demais. É um clássico da literatura de terror que realmente vale a pena ser lido. Também vale a pena ter essa edição da Aleph, que como todas as outras da editora, foi muito bem feita. As ilustrações são incríveis, no fim tem uma crítica do livro que é maravilhos e que deve ser lida, e também uma entrevista com o autor.
Eu não vi o filme, então, não posso comparar. Mas pretendo ver em breve, e talvez venha comentar dele aqui...


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