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Resenha: Jurassic Park #MLI2015

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Autor: Michel Crichton
Editora: Aleph
Páginas: 528
Sinopse: "Uma impressionante técnica de recuperação e clonagem de DNA de seres pré-históricos foi descoberta. Finalmente, uma das maiores fantasias da mente humana, algo que parecia impossível, tornou-se realidade. Agora, criaturas extintas há eras podem ser vistas de perto, para o fascínio e o encantamento do público. Até que algo sai do controle. Em Jurassic Park, escrito em 1990 por Michael Crichton, questões de bioética e a teoria do caos funcionam como pano de fundo para uma trama de aventura e luta pela sobrevivência. O livro inspirou o filme homônimo de 1993, dirigido por Steven Spielberg, uma das maiores bilheterias do cinema de todos os tempos."

*Livro cedido em parceria com a editora

Resenha: Desde que tinha visto a primeira foto do livro na página do facebook da Editora Aleph eu tinha pensado: eu quero esse livro! E bom, acho que vocês podem imaginar minha felicidade quando chegou um pacotinho do correio com o livro dentro pra mim né
Antes da história já foi amor: a edição está impecável! Com essa capa linda (simples porém muito representativa) e essa beirada das folhas em vermelho, contrastando com a capa, gente, ficou lindo demais. E a diagramação também está perfeita! Não achei nenhum erro de gramática, o tamanho da fonte está um pouco pequena, porém não me prejudicou (até porque já estou acostumada e acho bem estranho livros com fontes grandes) e a folha amarelada ajuda bastante. O livro é divido em capítulos e também "iterações" (que ao longo do livro entendemos oque significam de fato) e toda a divisão foi super bem feita. O maior problema que eu encontrei (acho que isso tem me perseguido....) foi a divisão das narrações.

"É óbvio que você vai se comportar assim, óbvio que vai se importar com aquilo. Ninguém para e pensa nas obviedades. Não é espantoso? Na sociedade da informação, ninguém pensa. Nós esperávamos banir o papel, mas na verdade acabamos banindo o pensamento."

O livro é narrado de diversos pontos de vista, oque é muito positivo, porque nos ajuda a entender melhor tudo oque está acontecendo e também é bom ver as coisas de pontos diferentes, mas quando passa de um personagem para outro, só há um espaçamento maior, oque sempre me deixa enrolada no início, mas claro, me acostumei rápido e no fim não me atrapalhou.
Bom, a história, acho que todos já conhecem. Hammond, um cara rico e ambicioso, tem um plano grande, e o põe em prática. Com o avanço da biotecnologia  e da clonagem de DNA, eles descobriram como trazer a vida os jurássicos dinossauros, seres antigos e até então conhecidos somente pelos seus restos mortais.

Porém trazer a vida seres tão desconhecidos tem um risco muito, muito grande. Ninguém sabia ao certo sobre o comportamento desses animais (haviam apenas especulações), não era possível saber sobre possíveis doenças e sobre seus verdadeiros hábitos, e claro, não era possível reproduzir seu ambiente natural, já que com a intervenção humana e evolução as espécies, muitas coisas mudaram.
Mas com a ajuda dos melhores profissionais de diversas áreas (desde advogados, cientistas e programadores de computador), Hammond consegue trazer a vida esses animais e montar um parque para visitações totalmente seguro, ou pelo menos era isso que ele achava....
"A vida real não é uma série de eventos interconectados ocorrendo um após o outro como contas presas em uma gargantilha. A vida é, na verdade, uma série de encontros na qual um evento pode mudar aqueles que o seguem de uma forma totalmente imprevisível, até mesmo devastadora. Essa é uma grande verdade sobre a estrutura do nosso universo. Mas, por alguma razão, nós insistimos em nos comportar como se isso não fosse verdade."
Antes da inauguração, ele recebe alguns "visitantes" para ver como seria essa interação e também consertar alguns erros e bugs presentes no parque. Dentre esses visitantes, temos os netos dele, dois arqueólogos que escavam ossos de dinossauro (Hammond os patrocina), o advogado dele, o programador que criou o todo o sistema de computação do parque, um matemático e acho que só (espero não ter esquecido ninguém).
Porém, vocês já sabem. As coisas começam a dar bem errado, e uma corrida começa, aonde sobreviver a esses seres jurássicos é o prêmio, mas que nem todos ultrapassarão a linha de chegada...
A escrita do Michael, apesar de ser técnica em muitas partes, é bem fluida, e completamente atual, com teorias e comentários (que vocês podem ver pelas citações) sobre nós, humanos, e nossa relação com a vida e tudo o mais, que quase nos dão um tapa na cara de tão reais.
"A ciência sempre disse que pode não saber de tudo, mas que saberá, mais cedo ou mais tarde Essa é uma jactância vã. Tão tola e tão injustificada quanto a criança que salta de uma ponte porque acredita que poder voar."
Poder ter a visão de praticamente todos os personagens também foi ótimo. Apesar de simples, a história é rápida e poderíamos ficar enrolados se a narração se limitasse a apenas um dos personagens. Também tem o desenvolvimento dos mesmo, que foi muito bom. Ele soube criá-los e desenvolvê-los muito bem, oque, tendo em vista o número de personagens e por praticamente todos eles narrarem, é uma coisa complicada, mas que foi contornado com maestria por Michael.
Gostei também demais de conhecer os dinossauros! Ele os descreve, cita os nomes e até apelidos (os velociraptors viram apenas raptors, e o mesmo com os outros, oque também facilitou muuuuito a leitura).
A visão dele desses seres é incrível e as descrições também, tornando o livro bem mais real.
No fim, amei o livro, tanto que mereceu cinco estrelas. Não entrou para os meus favoritos, mas foi uma experiência única e que vai ficar pra sempre. Estou adorando ler essas ficções antigas que a Aleph tem relançado. Eu amo esse gênero, e poder ler alguns clássicos está sendo muito bom, então queria agradecer muito pela confiança da editora e por terem me dado essa oportunidade
Queria poder fazer um post comparando o livro ao filme (o primeiro, claro), mas ainda não o vi. Porém, assim que assistir, eu faço o post comparando ok?? Então, aguardem!

"Vamos ser claros. O planeta não está em risco. Nós estamos em risco. Não temos poder para destruir o planeta, nem para salvá-lo. Mas talvez tenhamos poder para salvar a nós mesmos."

         

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